Guimarães, Óbidos e chegada em Lisboa

É véspera de Natal e fomos pra estrada.
Conseguimos acordar cedo e logo estávamos em Guimarães. A chuva incomodava, mas até que não estava tão frio.

A cidade é simpática, como quase tudo por aqui. Deixamos o carro no parque municipal ao lado do Castelo, bem fácil de achar.

Subimos a ladeira e contornamos até a entrada principal, porém estava cerrada. É, viajar durante as festas é mais barato, acontece que tem a parte ruim, fecha tudo!!

O Castelo de Guimarães parece intacto. Muros altos e fortes, com a chuva, a impressão era de ser impenetrável. Na calçada em frente a estátua de Dom Afonso Henriques - primeiro Rei de Portugal -, há duas placas que homenageiam o local, oferta de 2 presidentes brasileiros (Médici e Sarney, sai pra lá).

É em Guimarães que os lusitanos consideram o berço da nacionalidade portuguesa.

No retorno ao estacionamento passamos no meio de uma feira lotada de locais. Aí meu desejo se realizou: Ver um portuga gritar!!!! AHAHAHA

Muito bom os berros de "é cinco, só cinco euros, ora pois, venham, venham...."

Os produtos, pra variar, eram todos da China. Aquelas roupas de quinta, pilhas de lingerie, sapatos, meias, uma muvuca só.

De volta às vias expressas, pagamos uma grana de pedágio até Óbidos. Acho justo pagar um valor razoável se tivermos o conforto e segurança pra dirigir. E foi exatamente o que vi nesses dias... Zero buracos, bela vista, sinalização, limpeza.

As praças de cobrança aqui se chamam "pedagem". Logo quando se entra na rodovia você para num guichê e retira um ticket numa máquina; depois de pegar a saída da cidade escolhida, aí sim, você para e um atendente calcula eletronicamente o quanto deve pagar, ou seja, você recolhe o preço referente ao seu percurso, justo, que pode ser diferente do veículo à frente.

Parei para abastecer o Fiat Bravo com diesel, aqui, gasóleo, num posto bem estruturado. Esquema americano. Você mesmo se serve do combustível e depois entra na conveniência e paga a quantia referente à sua bomba. O triste é o cheiro que fica na mão. Na segunda vez imitei um local ao lado e usei umas toalhas de papel.

Finalmente chegamos em Óbidos. Que cidade, ou melhor, que vila!! Toda murada e com torres medievais.

"..... a vila na colina foi um presente de casamento de Dom Dinis para sua noiva, Isabel de Aragão, em 1282. A casas brancas têm telhados de terracota e uma marca registrada: as listas em ocre e azul pintadas nas bases das casas e jardineiras com gerânios. Pegue um mapa no estacionamento da entrada da cidade. Depois, procure o velho pelourinho com os símbolos da cidade – uma rede de pesca com uma pessoa afogada dentro (o filho de Isabel e Dinis se afogou no Tejo e foi resgatado com uma rede de pesca) – e a Igreja de Santa Maria, onde Dom Afonso V, então com 10 anos, se casou com sua esposa de oito anos em 1444. A igreja azulejos do século 17, teto de madeira pintado e painéis de Josefa de Óbidos, artista de origem espanhola (1634-84) que se mudou para cá e cujas obras vêm despertando interesse. Ela está enterrada na Igreja de São Pedro; há obras dela no Museu Municipal (Rua Direita, 262 955 557, fecha 2ª). O castelo agora é uma pousada, mas você pode caminhar pelas muralhas e tentar ver o mar – Óbidos já foi um porto..." (ajuda do guia timeout)

Estava rolando uma festa de vários dias (Óbidos Vila Natal). Ocorre que devido ao mau tempo (ou falta de gente, vai saber) no dia 24/12, minha ilustre visita, estava fechada.

Deu pra andar nas vielas e sentir o clima do local. Ainda tinha um pessoal fantasiado e animando os poucos turistas, o Papai Noel, aqui Pai Natal, acenava de longe pra mim, que tristeza, que pena, cadê os ônibus de turismo?

A bebida típica de lá é um licor de uma frutinha da região "Ginja" ou "Ginjinha de Óbidos". Levo uma garrafa pro ano novo no Brasil.

Almoçamos um espeto com pimentões, camarões e peixe, nada de vinho porque estava no volante (que cara consciente!!). Preço justo. Como quase tudo estava fechado, tive que procurar o restaurante de poucas mesas nas descendo no meio das vielas, o legal é procurar!

Pé na estrada e logo avistamos Lisboa. Paramos no El Corte Inglês (lotado) e compramos a complementação da nossa ceia de Natal, que ficou assim: pão integral, queijo da Serra da Estrela (ui, esse mata de bão), aquele vinho Alvarinho da região do Porto, e que está gelando na janela devido a ausência de freezer no quarto, um pão doce de Óbidos que custou 2,5 euros (pareceu bem gostoso) e uma garrafinha de Ginja.

Detalhe é que simplesmente fomos ao El Corte na véspera de Natal, e o mais interessante que conseguimos sair ilesos, no stress.

O hotel agora em Lisboa é o Residencial Alegria. É bem simples, mas saiu cerca da metade do preço do Marques de Pombal. Só pra constar, não tem cofre, freezer, internet nem estacionamento, porém parei o carro em frente todos os dias. A localização, praticidade, café da manhã e staff compensa.

Feliz natal a todos, putos e raparigas!!!

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